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Os Melhores do Mundo,
para a Coleção Brasilienses

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Política - 2001




Afinal de contas, o quê é essa coisa da qual se tanto fala e que ocupa tanto espaço nos jornais e telejornais? Esse negócio que está refletido no aumento da água, da luz, dos combustíveis? Esse troço que deixa hospitais parados, professores em greve, militares em pé de guerra? Que história é essa de sindicato, metalúrgico e palanque? O que é que isso tem a ver com estrada esburacada, trabalhador sem-terra e ônibus apedrejado? Como é que isso faz gente faminta e gente milionária?
Isso é Política. Onde quer que se esteja, ela estará. No restaurante, no ponto de ônibus e nos engarrafamentos. Na escola, nos canteiros de obras e até nas férias... Depois que você a percebe, descobre que ela nunca mais vai lhe abandonar.
É aqui, onde o cotidiano vai encontrando estas tantas artimanhas da negociação, da conquista, da retórica e do poder que a Cia. de Comédia Os Melhores do Mundo, inevitavelmente, encontra o humor.
Vamos, mais uma vez, rir de nós mesmos. Melhor: vamos rir de quem tanto ri de nós.

Sem espetáculos inéditos desde 98 e de tanto cobrado por sua origem palaciana, o grupo resolveu voltar os olhos para a política e seus tantos rebentos. Logo após a noite da estréia, em 9 de fevereiro de 2001, o espetáculo já causava tumulto na imprensa quando, num final explosivo e hilariante, a Cia. declara seu patriotismo através de uma sugestiva paródia ao Hino Nacional (ouvir a música?) – de autoria do grupo e amplamente divulgada em todo o país – onde trechos da letra original são substituídos por nomes de grandes empresas nacionais e multinacionais.

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