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Os Melhores do Mundo,
para a Coleção Brasilienses

terça-feira, 15 de maio de 2012

O Fenômeno documentado


Deu na Folha, Cia. Melhores do Mundo é fenômeno de humor


São Paulo, sexta-feira, 11 de maio de 2012

Fenômeno, trupe de humor mira exterior
Os Melhores do Mundo, que leva anualmente quase 200 mil pessoas ao teatro, planeja montagens na Argentina. 

Companhia brasiliense se apresenta hoje pela 4ª vez em Portugal e prepara primeiro longa-metragem para 2013


LEONARDO RODRIGUES

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A ideia ganhou força em 2009, quando os integrantes da companhia brasiliense Os Melhores do Mundo souberam que o esquete do personagem Joseph Klimber, sujeito que não desiste nunca, vinha sendo copiado pelo grupo L'incrocio, na TV Itália 1.
O caso, que resultou em um pedido formal e constrangedor de desculpas, acendeu a faísca: era hora de alçar voo rumo ao exterior. "Entramos em contato e pedimos para pararem de fazer. Mas isso nos fez pensar em traduzir os espetáculos e montar com outro grupos, de outros lugares", conta Adriana Nunes, a única mulher do coletivo.
Os planos, incipientes, incluem montar peças em Buenos Aires e se firmar em Portugal, onde a trupe se apresenta hoje pela quarta vez.
No Brasil, o sucesso é incontestável. Peças como "Sexo", "Notícias Populares" e "Hermanoteu na Terra de Godah" levam aos teatros quase 200 mil pessoas/ano, em mais de 170 apresentações.
Só para se ter uma ideia, apenas dois Estados brasileiros -Roraima e Amapá- não conhecem o humor do grupo, formado em 1995 por amigos de Brasília fanáticos por Monty Python, Trapalhões e Chico Anysio (1931-2012).
"Acho que o segredo, primeiro, é ser engraçado. Depois, falar a linguagem do povo, as coisas que estão acontecendo", diz Jovane Nunes, que sublinha o esforço em incorporar referências locais a cada apresentação.
A marca Os Melhores do Mundo já visitou a TV (no quadro "Jajá e Juju", do "Zorra Total"), rendeu dois DVDs e, em 2013, deve chegar aos cinemas, com o filme "Hermanoteu na Terra de Godah", produzido em parceria com Bruno Mazzeo e Cazé.
O trabalho da companhia levou 11 anos para adquirir projeção nacional. A mudança de patamar veio por obra do tragicômico Joseph Klimber e da repercussão de seus vídeos a partir de 2006. "Quando colocaram na internet a cena do Joseph, tudo mudou. Ganhamos uma divulgação espontânea gigantesca. Viramos artistas queridos da rede", lembra Adriano Siri.
Antes praticamente restrito ao Distrito Federal, o sucesso adquiriu vulto inédito. Casas com menos de mil lugares começaram a ficar pequenas para os espetáculos. A autoconfiança da trupe é tão superlativa quanto sugere seu nome?
"Não! Isso começou como piada, quando a avó de um dos integrantes disse que éramos os melhores. Nos achamos bons, mas nem tanto", brinca Siri.