RUMO AO PLANETA GARGALHADA

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sobre perfil da Cia. de Comédia
Os Melhores do Mundo,
para a Coleção Brasilienses

terça-feira, 24 de abril de 2012

Geração espontânea


CORREIO BRAZILIENSE 1 - Matéria de Sérgio Maggio 3 de agosto de 2008
Quando Welder Rodrigues, Ricardo Pipo e Adriana Nunes resolveram fundar uma companhia de comédia em 1995, colocaram a culpa em suas devidas mãe. Agora os novíssimos grupos que enchem os teatros da cidade apontam o dedo em riste e gargalham. A culpa é dos melhores do mundo. Foi assistindo aos espetáculos da trupe mais famosa do humos brasiliense que muitos desses jovens decidiram ganhar a vida arrancando gargalhadas.

"Foi por causa deles que eu me interessei pela comédia. Eles traziam algo de novo no humor, que era diferente daquela coisa convencional de A praça é nossa", conta Leonidas Fontes, que se divide entre a Cia. de Comédia Setebelos e os Anônimos da Silva.

"A primeira peça de teatro que vi na vida foi aos 13 anos, Rumo ao Planeta Boeing. Saí do teatro fascinada" lembra a estudante de nutrição Natealia Resende, comediante do recém criado grupo APA

Dessa matriz de humor de forte influência do besteirol dos anos 1980, da cultura pop e da televisão (TV Pirata e Casseta & Planeta, urgente!) derivam G7, AnIonimos da Silva, Cia de 4 Naipes, Setebelos, Benditos Malditos, APA e 5 Sentidos. Todos buscam fidelizar platéias e emplacar um sucesso atrás do outro. Em comum, utilizam todas as mídias. Vídeos desses grupos são achados com facilidade no You Tube. É o caso da cia. de comédia De 4 Naipes (ex- De 4 é Melhor), cujo último espetáculo, Eu tenho a última temporada, sobre os viciados em seriados de tevê, levou 20 mil brasilienses ao teatro. Uma paródia ao ex-Big Brother Marcelo (pra quem não lembra o psiquiatra gay) foi vista por mais de 10 mil internautas.

"Partimos da inegável influência dos Melhores do Mundo para buscar uma linguagem própria, uma pesquisa. Os Anônimos da Silva, por exemplo, utilizam o improviso e o teatro eporte. O Público responde a esse trabalho lota os teatros. Brasília é a capital da comédia", proclama Edson Duavy.
Se a meta é abarrotar o teatro de gente, setebelos sai na frente com o que chama de marketing de guerrilha. Recentemente, os atores combinaram com amigos, juntaram 50 pessoas, deram a todas camisetas personalizadas com o nome da companhia, cronometraram os relógios e...

"Fomos ao Pier 21. quando marcou no relógio 20h, todos se transformaram por alguns minutos em estátuas, atraindo a atenção do público", conta çaetano Maia.

"Não distribuímos só as filipetas do espetáculo. Em Sobre Vovós e Lobos, a gente colocou os personagens em situação cotidianana noite da cidade. Capitão Gancho pedindo uma cerveja num bar", emenda Saulo Pineiro.

"Os ingressos dos espetáculos são diferenciados. Em Cinte-Liga da Justiça, eram cards com os heróis. As pessoas queriam colecionar e voltavam para rever o espetáculo. Agora, em Sobre Vovós e Lobos, bolamos um marcador de livro", mostra Daniel Lima.

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